7.2.06

[Era isso!] 01- Que massa!

Eu sou e estou feliz!!!
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Como na época em que eu ganhei do meu pai uam bola de futebol N°5, ou quando passei na prova do SENAI, como quando ganhei meu primeiro pagamento e comprei uma camisa do Grêmio, no dia que o Grêmio, ganhava do Gr. Santanese por 7 a 0.
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É uma felicidade simples, mas de coração, tipo, tirei um peso das minhas costas, como na época em que eu fui acusado de ter quebrado a lâmpada do poste aqui da frente de casa, consegui provar que não fui eu (e foi a única vez em que eu não estava envolvido nisso), ou quando eu estava ha 3 semanas sem marcar gol e fiz 5 num jogo só.
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Momentos simples, guardadas as devidas proporsões, hoje posso dizer que estou livre, feliz, sem procupações, sem medos, sem angústias! Só felicidade! É massa! Que essa felicidade continue e se espalhe entre todos!
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Tô tão feliz que até fiquei até mais magro! Daí já to mentindo!

6.2.06

[Tu tá ficando velho heim!] 05- Provas!

Bah! Semana de prova na escola! Tenho prova de Ingles (hoje), Física (quarta), Química (quinta), Cálculo e Tecnologia (sexta), Geometria Analítica (segunda que vem). Puxado! Ainda mais em fevereiro, nesse calorão. Mas não dá nada.
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As provas de hoje são todas impressas, se torna mais barato imprimir as provas.
Me lembro que em 98, 99 as provas era xerocadas.
Ás vezes tínhamos de copiar a prova do quadro, era um saco.
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Mas as melhores provas eram as do 1° grau, as mimeografadas. Ainda mais as "feitinha na hora". A gurizada adorava àquele cheirinho de álcool, ás vezes elas vinham úmidas, era muito massa, eram feitas a mão ou na máquina de escrever.
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Bah! Como eu queria que essa semana minhas provas fossem mimeografadas!
Gostaria que fossem como no 1° grau, com o mesmo conteúdo, eu era feliz e não sabia.
Mas voltando a realidade, acho que não existe mais mimeógrafo e nem matéria fácil, terei de estudar, era isso!
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Boa semana, aproveitem as férias escolares, que quando voltarem, as provas não serão mais mimeografadas, nem fáceis.
Como diría o Caetano: "E agooora!"

2.2.06

[Tu tá ficando velho heim!] 04 -Quem tu é? Ou era?

Nos desenhos, nos seriados, nas novelas, no esporte, na música, quando criança sempre tinha alguém que era como a gente, ou alguem que na verdade a gente era.
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Recordo que em alguns casos existiam personagens que eramdisputados por muitos, como o exemplo do Lion, dos Thundercats, eu pra não brigar, era o Pantro.
Dos heróis, meu vizinho Luciano, era o Giraia, o Jáspion, e o vermelho dos Changemans, eu era o Spectroman, o Tiago era o Rambo, O Fabrício o Magaiver. A Vívian e a Nanda eram as gurias dos Changemans, não recordo os nomes.
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No futebol, o Tiago era o Renato Gaúcho ou seria outro com a camida 7, poderia ser o Berckamp, acho que também era. Bom, eu era o Paulo Egídio, camisa 11 do Grêmio, o Nino era o Tony Meola, goleiro dos EUA, em uma de suas fases como goleiro. O Fabrício era qualquer juíz ladrão que tisse no momento, ele roubava muito no futebol de botão, só as regra dele valiam.
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Na época em que se passava anovela Vampy, todos fomos vampiros, alguns custaram a chegar a essa condição. Entrávamos no clima da novela. Tinha um amigo nossoque afirmava ser vampiro de verdade, convenseu alguns de nós disso, o Émerson jurava que que o cara era vampiro de verdade. Nesse clima de ingenuidade e fantasia fomos nos tornando vampiros um a um. Lembro que o Tiago, o Luciano e eu fomos uns dos últimos a se tornar vampiros, quando nos tornamos, todos já eram, daí perdeu a graça.
No Carrossel o Émerson era o Cirilo, o Tiago era o menoszinho de todos, naõ me lembro o nome dele e engana-se quem pensa que eu era o Jaime Palilo, por ser gordo, eu era o Daniel, por ter o mesmo nome. As gurias eu não me lembro que eram, estavam sempre querendo de ser todas.
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Na música, eu e o Tiago éramos alguém do mundo do Rock. O Luciano, foi o Sunda e depois virou uma espécie de cover do Latino, o Ladino! Claro que ele odiava! Eu cantava músicas do Polegar pras gurias e em parceria com o Tuca e o Tiago, fazia apresentações na escola com a sátira de uma música do Dominó (Ela não gosta de mim, no caso era Ela não gosta de Aipim), guitarras de plástico e um vísual psicodélico pra época animavam as apresentações do trio Tonoco, Tinoco e Taloco. Ah! O Nino era o Rick Martin, mas eu gostava de chamar ele de Maria Paula!
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Fomos tantos personagens que perdi a conta, a medida em que escrevo vou recordando de mais alguns. Éramos Donatelo (eu), Leonardo (Luciano), Michelangelo (Tiago) e Rafael (Eduardo), as Tartarugas Ninjas, o mestre delas, aquele rato era o nosso grande amigo Tuca.
Bah! Isso é muito massa! Essas recordações da época de criança, relendo o texto para editá-lo, aparecem mais e mais personagens, como: quem era quem nos Barrados no Baile? E no Esquadrão Classe A?
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É melhor eu deixar o texto assim, desculpe se este texto tiver mais erros de português do que o comum é que quando releio eu me empolgo, são tantas lembranças que isso não é nada! Estas são apenas as recordações de um cara numa quinta feira nostálgica, se tivesse mais um ou dois, essa história não teria fim.
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Falo isso com lágrimas no rosto, passa um filme na minha cabeça. Mesmo que esse roteiro não seja claro pra vocês, creio que tem um filme passando na cabeça de vocês também, não importa onde e quando foram crianças, todos passmos por momentos como esses, creio eu.
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E quem tu era, ou é?

25.1.06

[Tu tá ficando velho heim!] 03 -1 litro de leite, meio quilo de pão!

Lembro-me do tempo em que eu ia ao armazém da Neuza ou do Foguinho (Tufo!) buscar 1litro de leite e meio quilo de pão.
Sim meio quilo, o equivalente a 10 cacetinhos.
Vinha com o saquinho de leite “Dobon”, o Corlac a mãe não gostava, e com o pão embaixo do braço!

Quem tomou café na minha casa de 86 a 90, possivelmente comeu um pão “suado”. Bom, ninguém morreu!

A briga era grande entre meus irmãos e eu para ver quem ficava com o chamado “bico”, bom era como nós chamávamos a parte da ponta do pão. Meu irmão e minha irmã sempre conseguiam o “bico”.

Mas porque isso era importante?
Era importante, por que se tu queria fazer um sanduíche, com o bico era mais fácil. A parte do meio era cortada em fatias.

Bah! Como eu sonhava com o bico do pão, pra mim, guri de 7 anos, aquilo era como se eu fosse um adolescente. Meu primo de 8 comia o bico do pão. Ele era o cara!
Foi então que me veio uma idéia, arrojada e perigosa, pois poderia ser até pior pra mim, mas a pus em prática!
Sempre que ia comprar 1 litro de leite e meio quilo de pão e vinha com o saquinho de leite “dobon” (válido até terça feira – era assim que vinha escrito o prazo de validade do leite) e o pão suando embaixo do braço, eu começava a beliscar o pão, chegando com um bico já detonado, sobrava apenas 1!

-Porque isso Dani! Pra que vir comendo pão pelo caminho? Perguntava minha mãe.
-Tava com fome, mãe! Respondia usando, mesmo que sem saber o fator psicológico com ela.
-Tá! Da próxima vez deixa pra comer em casa!
-Agora o bico que restou é meu! Informava o mano.
-Mãe, olha o Mauro! Ele quer comer o bico do pão! Retrucava chorando a mana.
-Eu sou mais velho, eu como!
-Mãe ele que comer com nata e sal(!?!), não precisa do bico!
-Tu vai comer com mumú Fabi, tu é que não precisa!
A briga entre os dois rolando e eu na boa, quietinho, havia sido o responsável pela briga, mas ninguém me acusava.
-Chega! Gritou a mãe, quase louca!
-O Bico vai ser do Dani!
-Não o Jaba não quer! Dizia o mano, ele me chamava de Jaba, não sei porque, mas eu gostava!
-Dani! Deixa a mana ficar com o bico do pão, deixa? Tentava a mana!
-Pra que ninguém brigue, deixxa que eu como o bico!

E comi, aquele “bico de pão” com chimia de abóbora, me senti o máximo!
Depois de mais ações exitosas, o mano e mana combinaram que o bico seria, um dia dela e outro dele, e assim acertado eu voltei a comer a parte do meio do pão. Irmão mais novo sofre!

O que queria dizer aqui é que quando se é criança se dá importância a coisas que não têm a menor importância.
E isso é genial, espero que minhas 3 sobrinhas-afiliadas e no futuro meus filhos, possam dar importância a coisas tão bestas como o bico do pão, e se importem com isso, aprendendo com as vitórias e as derrotas de um "café da tarde".

Porque quando crescerem, o “bico do pão” será bem mais difícil de comer! E as táticas para alcançar os seus objetivos, nem sempre serão exitosas, muitas vezes comerão a parte do meio do pão, quando comerem!
Mas não serão frustrados, porque um dia todos comerão o bico do pão e beberão o leite Dobon, o Corlac não, a mãe não gosta!

25.12.05

[Tu tá ficando velho heim!] 02 - Quando eu Crescer...

Quem, quando criança, nunca disse: “Quando eu crescer eu vou ser...”

Bom, eu dizia e disse muito. Comecei a dizer isso aos 4 anos: “Quando eu crescer eu vou ser, MECÂNICO DE MÁQUINAS”.

Ora, mas o que é isso, mecânico de máquinas, nem eu sabia, mas me inspirei no meu tio que se chamava e ainda se chama Tio Nando.

Aos 7, eu tinha um gosto musical muito estranho, ouvia músicas infantis, sertanejas, hardcore e rock gaúcho, gostava mais do último, mas como era o filho mais novo, ouvia oque meu irmão e minha irmã queriam. Era sábado e pela segunda vez na vida eu disse:“Quando eu crescer eu vou ser, BAIXISTA.

Baixista? Eu nem sabia que som fazia o baixo, nem baixo eu sabia o que era, mas vendo um show dos Engenheiros do Hawaii na TV, decretei a mudança.

Com 11 anos de idade, após uma das intermináveis partidas de futebol de botão com o meu amigo Tiago, partidas essas que sempre acabavam em briga pois ele jogava na Regra Tiago e eu na Daniel, disse novamente: “Quando eu crescer eu vou ser, JOGADOR DE FUTEBOL” E disse mais: DO GRÊMIO.

Infelizmente, apesar de contestar a decisão do clube, não entrei nem no Avaí de São Leopoldo.

Aos 14 anos, como já é de costume na minha família entrei para o SENAI, constatei que: “Quando eu crescer eu vou ser, MATRIZEIRO”. E estudei para isso, me formei pensando que seria isso para sempre.

Estava enganado, aos 18 usei mais uma vez essa frase: “Quando eu crescer eu vou ser, PUBLICITÁRIO”.

Comecei o curso e vi que não era aquilo que me realizaria, desisti.
Hoje aos 26anos, cresci, trabalho em uma metalúgica como programador e operador de máquinas CNC. Eu, quando cresci, me tornei na verdade MECÂNICO DE MÁQUINAS.

Por vezes me pergunto, se o tio Nando fosse médico, será que eu também seria? E se ele fosse Funcionário Público, eu estaria feito na vida!

A vida é assim, nem sempre somos o que sonhamos, nem sempre os nossos sonhos são os melhores, ,as não podemos deixar de sonhar, de querer ser.
Eu, agora, quero ser quando crescer: FELIZ, MUITO MAIS FELIZ.

24.12.05

[Tu tá ficando velho heim!] 01 - Kichute

Sábado passado fui a uma loja comprar o novíssimo e moderno tênis ALL STAR.
Chegando na loja, perguntei pro atendente:
-Tem AllStar vermelho n°41?
-Vou ver para o senhor, respondeu o rapaz.
Senhor, ele disse senhor, mas eu tenho 26 anos não sou tão velho assim, será a barba?
Bom não sei! Vo tirar a barba, tô parecendo um "tio". Esses pensamentos me vieram enquanto, eu esperava o rapaz.
-Não tem senhor, só 40 pra ai, vê se serve, respondeu o rapaz quase que me obrigando a experimentar o tênis.
-Bah! Não serviu, e outro tenis oitentista tu tem? Perguntei.
O rapaz com cara de espanto disse:
-Oque? Oitentista?
Convesso que usei uma expressão bem antiga, então tentei reformular a pergunta.
-Tu tem Bamba?
Bamba?
Ele já tava ficando com medo de mim.
-É Bamba, o concorrente do AllStar nos anos 80!
-Tu tá viajando, o AllStar foi lançado a 3 anos, como pode ser dos anos 80?
Meu Deus ele é que tava viajando, então pra concluir o pensamento que estave se criando em minha cabeça, perguntei:
-Quantos anos tu tem?
-17.
-Tu conhece Kichute, já ouviu falar?
-Tu tá loco, quer que eu caia nessa, não quer comprar não compra, mas não fica inventando essas marcas só pra dizer que ia comprar.

Meu pensamento se formou por completo:
"Meu Deus, eu tô ficando velho, muito velho, essa guriazada de hoje não conhece nem o Kichuete, imagina se eu pergunto se tem Conga?"

Tenho que me reciclar! O mais rápido possível.